quinta-feira, 14 de maio de 2009

Parte 3 da P3 – Anéis Olímpicos

ANTES

DEPOIS

Os anéis olímpicos são um caso claro da importância da simbologia da cor. A série dos cinco anéis, de diferentes cores, representa os cinco continentes e, daí, a universalidade do movimento olímpico.

Cada cor permite-nos a identificação dos continentes. «Três das cores parecem ter sido escolhidas em virtude de considerações étnicas (talvez devêssemos dizer “racistas”?): o preto para a África, o amarelo para a Ásia, o vermelho para a América» (Pastoureau, 1997: 127). A escolha do azul para a Europa está relacionada com o azul histórico e cultural: «é o azul da civilização ocidental, o azul que os Muçulmanos e os habitantes do Extremo Oriente tornaram a cor simbólica dos Cristãos; é também aquela cor favorita e primeira das cores num bom número de códigos e sistemas sociais; é enfim aquela cor que, mais tarde, tomará lugar na bandeira do Conselho da Europa e nos emblemas da maioria das instituições europeias» (ibidem). Quanto à escolha do verde para a Oceânia, ela é interpretada por Pastoureau como uma «”exclusão de partes”, efectuado num último lugar, uma vez eliminado o branco e atribuídas as outras quatro cores», sendo a última cor atribuída ao último continente descoberto (idem: 128).

Pelas razões supramencionadas é assim que a sociedade interpreta os anéis olímpicos, associando cada cor a cada continente. Ora, com a alteração efectuada para um tom cor-de-rosa, acastanhado, turquesa, etc., nunca conseguiremos associá-los aos continentes, vendo-se assim rejeitada a simbologia e mensagem difundida pelos originais Anéis Olímpicos.

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