quinta-feira, 14 de maio de 2009

Parte 2 da P3 - Farmácias

ANTES

DEPOIS


A partir da cruz das farmácias portuguesas, resolvi alterar a sua cor pretendendo alterar a mensagem veiculada pela mesma. Do original verde, passei para um tom roxo. A ideia foi a mesma que a alteração anterior, ou seja, fazer parecer estranho, algo que noutra cor temos como normal. Mas isto não fica por aqui, porque é necessário ver a alteração de simbologia e de mensagem transmitida através da mudança de tom.

Apesar de a cruz continuar, na sua forma, a «evocar a ideia de socorro, de cuidado, de assistência» (Pastoureau, 1997: 87), perde-se o conceito simbólico do verde que nos reenviava «para a ideia de medicamento, de higiene e de saúde» (ibidem). De acordo com um artigo por mim já publicado, o roxo na cruz farmacêutica poderia relacionar a farmácia com a luxúria e a sofisticação, alterando radicalmente a sua significância e valores defendidos.

Uma chamada de atenção para a questão cultural do símbolo das farmácias: por exemplo, em Itália são vermelhas, pois «preferiram a cor do sangue à da farmacopeia, a ideia dos cuidados e dos pensos à das drogas, das poções, da fitoterapia» (ibidem). Mais uma vez, insisto neste factor cultural, pois assumo-o como essencial para a interpretação que a sociedade faz de cada cor.

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