quinta-feira, 14 de maio de 2009

Parte 1 da P3 - Medicamentos

ANTES

DEPOIS

Os medicamentos são um exemplo importante quanto ao uso da cor, dado que «Na sociedade contemporânea, não há nada mais elaborado, mais refinado, mais subtilmente codificado do que as embalagens de medicamentos». Nestas embalagens, a cor acaba por desempenhar «um papel discreto mas fortemente pensado». (Pastoureau, 1997: 113).

Se não vejamos: o branco domina, conferindo ao conjunto um aspecto «higiénico, científico e benéfico». Além disso, embora nos possa passar despercebido, «um código tácito, mas eficaz, assinala a natureza e a função do produto contido no interior» (ibidem). Seguem-se dois exemplos: a gama dos azuis refere-se aos calmantes, soníferos, os ansiolíticos e nos tons dos amarelos ou alaranjados, incluem-se os fortificantes, as vitaminas, tudo que dê vigor.
Uma pequena referência para o facto de nunca se fazer uso do preto, pois «um medicamento nunca deve estar associado à cor da morte» (idem:114)

No âmbito dos medicamentos resolvi alterar um dos mais conhecidos analgésicos que habitualmente no seu tom de azul, nos parece irreconhecível num tom amarelo esverdeado. O meu objectivo foi provocar alguma desconfiança a quem visualiza a embalagem manipulada, mesmo com a inscrição “Ben-u-ron”, quando olhando a primeira, nem sequer é necessário ler o rótulo para saber do que se trata e ter plena confiança no mesmo.

Sem comentários:

Enviar um comentário